sábado, 2 de janeiro de 2010

'Aquele barulho não sai da cabeça', diz moradora da Praia do Bananal

Do G1

A madrugada em que houve o deslizamento de terra na Praia do Bananal, na Ilha Grande, Angra dos Reis, Sul Fluminense, deixou os moradores da região muito assustados. A família de Ana Maria Brasil não vai esquecer o barulho que ouviu: “Aquele barulho não sai da minha cabeça. Não tenho como explicar o que senti na hora”, contou ela, que estava em casa com a família na hora do desastre. Ana Maria contou que na hora não dava para perceber o que tinha acontecido, porque a luz acabou e chovia demais.

Depois vizinhos começaram a avisar do deslizamento, e todos desceram até a beira da praia. “Dava para ouvir as pessoas gritando por socorro, soterradas”, disse.

No entanto, Ana Maria diz que não tem medo de novos acidentes, e que não sairá do local. "Esse foi o primeiro em tantos anos. Fomos todos nascidos e criados aqui, não vou sair", contou.

O jovem Fabiano Tonack foi um dos que ajudou no resgate das vítimas de soterramento. Ele contou que moradores escutaram um grande barulho e foram ver o que tinha acontecido. “A gente chamou os bombeiros às 3h59. O primeiro resgate chegou por volta de 6h20, quando já havia amanhecido”, contou. Fabiano disse que cinco pessoas que conseguiram sair da terra estavam feridas.
Um morador de Bananal Pequeno, região vizinha à praia do Bananal escapou da morte por causa da chuva. Segundo o caseiro José Saldanha, no dia 31 ele foi buscar a família em Angra dos Reis na tarde do dia 31.

Por causa da chuva forte, ele, a mulher a filha não conseguiram voltar para a ilha e tiveram que passar a noite de réveillon no continente. Quando voltou pra casa, estava tudo soterrado em terra. “A chuva não me deixou voltar, nem Deus”, disse, ainda abalado com a morte de amigos.

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